“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti,
como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste” (Jo 17.3)
CONHECER A DEUS COMEÇA CONHECENDO A SEU FILHO JESUS CRISTO.
CINCO PASSOS PARA CONHECER A DEUS E PORQUE CONHECER A DEUS
1) Conhecer o caráter de Deus é fundamental (Is 1.3 “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel näo tem conhecimento, o meu povo não entende”; (Jó 42.55). “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos”; Dt 6.1-2: “Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR vosso Deus para ensinar-vos, para que os cumprísseis na terra a que passais a possuir”;
2) Para que temas ao SENHOR teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e que teus dias sejam prolongados, e Capítulos 4-5 do livro de Deuteronômio.
IMPORTÂNCIA E IMPLICAÇÕES
Ter vida de comunhão constante com Deus (Mt 7.7-8) é necessário porque Deus é a VERDADE ABSOLUTA. Não é simplesmente uma verdade em conceito humano, é sim a verdade real, a VERDADE em ESSÊNCIA, que é SUBSTÂNCIA, a verdade que é um SER absoluto, SER incriado e eterno.
3) ATRIBUTOS NATURAIS DE DEUS:
VIDA → Ele tem vida em si mesmo: “Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” (Jo 5.26);
AMOR → “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” (1 Jo 4.8).
ETERNO → “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade em eternidade, tu és Deus” (Sl 90.2).
- TUDO QUANTO SABEMOS ACERCA DE DEUS É PARCIAL
Deus diz seu nome: EU SOU… Então, Deus é o SER ABSOLUTO (SOU) e, é PESSOA (EU).
Deus TUDO CRIOU COM SABEDORIA… (Pv 8.12: “Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e acho o conhecimento dos conselhos”). Então, Deus é o SABER ABSOLUTO (Cl 2.3: “Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência”). Deus é o Senhor de todo o PODER. “Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito” (Gn 17.1). Então, Deus é o PODER ABSOLUTO (PODER/AMOR).
No SER ETERNO de Deus vemos: a Pessoa do PAI, “verdade absoluta e eterna de Deus, que traduz: a ONIPRESENÇA de DEUS no SABER de Deus; vemos a Pessoa do FILHO: Verbo que expressa o Ser de Deus, gerado do Pai, co-eterno com Ele, que traduz a ONICIÊNCIA de Deus. No PODER de Deus, vemos a Pessoa do ESPÍRITO SANTO, que enlaça na unidade transcendental do amor do Pai e do Filho, e traduz a ONIPOTÊNCIA (AMOR TODO PODEROSO) que procede do Pai e do Filho para os seres humanos. Mateus 11.27: “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar”.
Jo 17.3: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste”.
Cl 2.2-3: “Para que os seus corações sejam animados, estando unidos em amor, e enriquecidos da plenitude do entendimento para o pleno conhecimento do mistério de Deus, à saber, Cristo, no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência”.
Fp 3.7-11: “Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo como perda por amor de Cristo; sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nele, não tendo como minha justiça a que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; para conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição e a participação dos seus sofrimentos, conformando-me a ele na sua morte, para ver se de algum modo posso chegar à ressurreição dentre os mortos”. Ef 4.11-16: “Até que todos cheguem à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (v.13)
Deus quer filhos, e Ele tem grande alegria quando um ser Seu nasce de novo!
Quanto tempo um bebê precisa para chegar a maturidade?
Entre 19-20 anos (maturidade física);
Entre 40-50 anos (maturidade emocional).
E espiritualmente qual será o tempo?
Uma pessoa convertida há 20 anos pode ainda não estar madura espiritualmente.
Por outro lado, outra pessoa convertida há apenas 9 meses pode estar madura!
A nossa transformação na imagem de Cristo se dá em 3 aspectos:
- pela revelação de Jesus,
- por contemplação a Jesus,
- pela comunhão com Ele.
Revelação – Qual o fator principal do crescimento?
Efésios 4.13: “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo”
Pleno Conhecimento do Filho de Deus – Conhecer a Jesus Completamente
A Fé e o Conhecimento são as duas faces da mesma moeda… Estão juntas!
Quando Deus fala, ou mostra algo, temos a revelação. Deus se revelou aos homens quando falou aos homens no AT. Hoje essa revelação se dá através das Escrituras Sagradas.
A fé vem quando se ouve ou se lê a Bíblia (Palavra de Deus).
Romanos 10.17: “Logo a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”
- O objeto da Fé é a Revelação.
- O objetivo da Revelação é o Conhecimento.
A fé tem como Base a Revelação. E o crer na Revelação produz o Conhecimento.
João 14.8-11: Deus se revela para que o conheçamos e a maneira de obter este conhecimento é crer na revelação contida na Bíblia. O conteúdo da Revelação é Jesus Cristo, seu Filho! Ele é a revelação de Deus! “Disse-lhe Felipe: Senhor mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces, Felipe? Quem me viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras. Crede-me que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras”.
A chave para alcançar a maturidade é conhecer o Filho de Deus.
O que significa na Bíblia a palavra conhecer?
Nós vivemos no mundo ocidental, de cultura helênica (grega), onde a palavra conhecer está ligada ao intelecto. Assim corremos o risco de querer conhecer a Deus intelectualmente, entender tudo sobre ele. Mas a Bíblia foi escrita no contexto da cultura hebraica. Jesus e os Apóstolos eram judeus. Embora a língua usada no Novo Testamento seja o grego, o contexto é hebraico. Em hebraico, a palavra conhecer tem um significado diferente, muito mais amplo.
A palavra conhecer no contexto bíblico tem o sentido de experimentar. Conhecer a Deus é ter relacionamento com Ele. É ter um encontro com Ele, uma união profunda e íntima! “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Não é entender intelectualmente a verdade.
É experimentar a verdade. O Pleno Conhecimento. Mas a palavra não fala apenas de conhecimento. Fala de pleno conhecimento. Experimentar completamente.
Efésios 4.13: “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo”
A palavra conhecimento em grego é gnosis. A palavra que aparece aqui para pleno conhecimento, é epignosis. Que significa um conhecimento progressivo. A medida que vamos experimentando vamos crescendo.
Mateus 11.27: “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. A palavra que aparece aqui também é epignosis. Não é apenas conhecer, é conhecer completamente, plenamente.
Como Podemos Conhecer a Deus Plenamente?
Na criação podemos conhecer a Deus parcialmente. Olhamos as estrelas, a natureza, os animais e tudo mais, e podemos dizer que há Deus. “Os céus manifestam a glória de Deus”, mas não o seu caráter, sua santidade, sua graça, sua vontade, etc. Portanto não podemos conhecer a Deus plenamente na criação.
O Caráter de Deus pode ser conhecido parcialmente por sua Palavra. Através das Escrituras discernimos seu caráter, poder, santidade, etc. Mas não podemos experimentar.
É no Filho que temos a revelação total e plena de Deus. “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Hebreus 2.9).
Deus tem três faces: Pai, Filho e Espírito Santo. Nós conhecemos a face do Filho.
2 Coríntios 4.6: “Porque Deus, que disse: Das trevas brilhará a Luz, é quem brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo”.
Hebreus 1.3: “Sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas”.
Colossenses 1.15: “O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação”.
Só podemos conhecer plenamente a Deus, conhecendo plenamente o Filho de Deus.
O Verbo eterno e pré-existente com o Pai se tornou existente no tempo e espaço para que Deus se tornasse conhecido O Verbo foi manifestado em carne. Aquele que era Deus, foi gerado como homem pelo Espírito do Altíssimo no ventre de uma mulher e se tornou o Filho de Deus. Se fez semelhante aos homens, para que estes pudessem conhecer a Deus.
Como Podemos Conhecer Plenamente o Filho de Deus?
Como podemos conhecer o Verbo encarnado se não estivemos lá em Belém?
Muitas pessoas que estiveram com Jesus pessoalmente não o conheceram, pois Ele não pode ser conhecido externamente.
Efésios 5:31-32: “Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu falo em referência a Cristo e à igreja”. Da mesma forma que marido e mulher, Cristo se uniu a Igreja. Através da nossa união com Cristo podemos experimentá-Lo tendo um relacionamento intenso com Ele.
João 15.26-27: “Quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que do Pai procede, esse dará testemunho de mim; e também vós dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio”. Uma testemunha é alguém que revela um fato. E este texto nos mostra que temos dois testemunhos a nos revelar: Jesus, o Filho de Deus e o Espírito Santo.
O Testemunho do Espírito Santo
A obra do Espírito é exatamente esta: revelar o Filho, glorificar o Filho. A comunhão do Espírito Santo com o nosso espírito nos revela o Senhor. Esta é a sua missão, Ele se agrada em fazer isso. O Espírito Santo habita dentro de nós se nascemos de novo em espírito, quando recebemos a Jesus Cristo como nosso Senhor e suficiente Salvador para a eternidade! É o Espírito Santo que nos faz experimentar a Cristo interiormente, quando nos convence da verdade, da justiça e do juízo.
O Testemunho dos Apóstolos
Foram as pessoas que viveram com Ele, viram o que Ele fez, ouviram suas palavras, Sua voz, comeram juntos, dormiram juntos. Mesmo tendo presenciado tudo e observado tudo, foi necessária a operação do Espírito, para que a obra observada por eles em Jesus fosse experimentada.
João 16.13-15: “Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso eu vos disse que ele, recebendo do que é meu, vo-lo anunciará”.
O que Jesus está dizendo aqui é que o conhecimento de observação não é suficiente. É necessária a experiência com o Espírito Santo para que Ele revele Jesus.
Para experimentar Jesus precisamos do Testemunho dos Apóstolos e do Testemunho do Espírito!
Experiência com a Palavra (Bíblia) pelo Espírito. Jesus disse aos apóstolos que eles dariam testemunho Dele. João escreveu em 1 João1.1-3: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo da vida (pois a vida foi manifestada, e nós a temos visto, e dela testificamos, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e a nós foi manifestada); sim, o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que vós também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo”.
João esteve com Ele! Foi um dos doze! Um dos três! O mais íntimo de Jesus! Seria bom se João sentasse conosco em nossa casa e nos contasse sobre Jesus! Talvez falássemos: “João conta-me sobre Jesus! Como Ele era, como reagia…”. E Ele contaria, por horas e horas.
João não está aqui hoje. Mas João não é importante. O seu testemunho sim! E seu testemunho está presente! Seu testemunho está na Palavra!
Quando Mateus, Marcos, Lucas, João, Paulo, Pedro e os outros escreveram suas palavras, eles estavam dando o seu testemunho para que pudéssemos conhecer Jesus. Por isso precisamos ler, ouvir, escutar, ver, experimentar a Palavra. Precisamos que o Espírito e a Palavra juntos nos conduzam a esta experiência espiritual. Temos que nos dedicar à leitura e estudo da Palavra, e buscar a revelação do Espírito para experimentá-La.
- Só o estudo da Palavra pode nos fazer crer mais e mais;
- Só a revelação do Espírito pode nos fazer conhecer a Cristo.
Mas os dois juntos nos levam ao pleno conhecimento do Filho de Deus. Uma coisa é ler a bíblia para ter conhecimento, outra coisa é ler a bíblia para conhecer Jesus! “Examinai as Escrituras…” Precisamos buscar, pesquisar, até achar JESUS! Quando lemos a bíblia temos que buscar o Grande Tesouro, que é Jesus!
- Devemos ter alvos estabelecidos;
- Orar ao Pai para que Seu Espírito nos revele o Filho;
- Orar antes de ler;
- Permanecer em oração durante a leitura;
- Orar depois, falar com Deus e adorá-lo.
- Abrir o coração para ouvir o Espírito falar.
O Espírito fala: “Este Jesus que você tanto admira está em você”. O Espírito Santo opera tremenda transformação em nós pela revelação da pessoa de Jesus. Somos unidos a Cristo pelo Espírito Santo. Cristo habita em nós pelo Espírito. Podemos usar o exemplo de uma árvore para representar isso:
- O Pai é a Raiz;
- O Senhor Jesus é o Tronco;
- O Espírito Santo é a Seiva;
- Nós somos os Ramos.
A plenitude o Pai está no Filho, e são comunicadas a nós pelo Espírito. A Raiz é invisível, o Tronco é visível, os Ramos são visíveis, a Seiva é invisível, mas está dentro de nós.
João 15.1-6: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor. Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Quem não permanece em mim é lançado fora, como a vara, e seca; tais varas são recolhidas, lançadas no fogo e queimadas”.
O Fruto do Espírito é Cristo (Ex: Maria concebeu pelo Espírito).
Cristo formado em nós tem 9 características: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão e o domínio próprio. Gl 5:22
O Espírito é Cristo em nós! O Espírito é Deus em nós! O Espírito é a Ação de Deus em nós! O Espírito não vem para falar de si, mas de Cristo! O Espírito forma Cristo em nós pela Revelação!
Mas para isso Precisamos de tempo….
A Contemplação: É Necessário Tempo. (Quanto mais melhor). Quanto mais tempo passamos na presença do Senhor, mais nos assemelhamos a Ele. Nós precisamos 24 horas na presença de Deus, mas para que possamos experimentá-lo e conhecê-lo, precisamos separar tempo específico para Ele. Separar tempo especial para:
- Orar especificamente;
- Abrir a Palavra e ler;
- Esquadrinhar as Escrituras em busca do Tesouro;
- Encontrar a Moeda de Ouro (Jesus);
- Ouvir a Sua voz;
- Estar aberto para o Espírito;
- Gozar da experiência de conhecer a Cristo.
O Testemunho de Paulo
Filipenses 3.7-10: “Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo como perda por amor de Cristo; sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nele, não tendo como minha justiça a que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; “Para conhecê-Lo, e o poder da sua ressurreição e a e a participação dos seus sofrimentos, conformando-me a ele na sua morte”.
Paulo fala de coisas que para ele eram lucro antes de conhecer a Jesus, coisas boas da vida: conhecimento intelectual, posição social, imagem pública, passeios, descanso, dinheiro, etc.
Na verdade, ele diz: “tenho por perda TODAS as coisas”. Paulo era apaixonado por Cristo!
- Para conhecer a Cristo (E ser como Ele);
- E o poder da Sua ressurreição;
- E a comunhão dos Seus sofrimentos.
Quando o cristão não tem tempo para Cristo, isso significa que as outras coisas são mais importantes. É uma questão de prioridade. A fraqueza dos ministérios, famílias, discípulos, congregações é porque as prioridades estão equivocadas.
Geralmente temos as características daquele que admiramos (Ex.: os jovens e seus ídolos). Um discípulo aprende muito quanto mais admira seu Mestre. Deus nos deu o Varão Perfeito, que é Jesus Cristo, seu Filho. Para admirá-Lo precisamos conhecê-Lo, para conhecê-Lo precisamos conviver com Ele!
2 Coríntios 3.18: “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”.
Quando contemplamos, começamos a ser transformados, de glória em glória, na mesma imagem do Senhor. Contemplar é diferente de olhar. Quando contemplamos uma paisagem observamos muito mais detalhes do que quando apenas olhamos para ela. Contemplar é olhar atentamente, observar os detalhes, inspecionar tudo, admirar, desejar ser como Ele! Contemplando a Jesus nas Escrituras:
Mateus 3.13-17:
- 13 Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
v.14 Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?
v.15 Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu.
- 16 Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele;
v.17 e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
- v13 – Determinação, submissão, humildade, reconhecimento, conhecia o plano, se fez pecador, participou em tudo como homem, etc…
Exercício: Vamos contemplar Jesus no texto de Mateus 3.13-17
- Orar pedindo que Deus, pelo seu Espírito, nos revele Jesus, as virtudes de seu Caráter.
- Não simplesmente LER o texto, mas VER (revelação é VER).
- Que o Espírito imprima em nós as virtudes.
- Ler e meditar, cada frase.
- A Pergunta sempre é: “Quais as virtudes do caráter e as qualidades da pessoa de Jesus que são mostradas aqui?”
- Ao descobrir, glorifique a Deus e adore-o por essa virtude!
A Comunhão nos Seus Sofrimentos
Existe ainda outro aspecto para nossa mudança e transformação. Não é tão agradável quanto a meditação e contemplação, mas é vital! “Para conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição é a participação dos seus sofrimentos, conformando-me a ele na sua morte”. Fp 3.10. Para conhecer a Cristo precisamos experimentá-Lo. Tanto no poder de sua ressurreição quanto na comunhão dos seus sofrimentos.
2 Co 12:1-20 “É necessário gloriar-me, embora não convenha; mas passarei a visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu. Sim, conheço o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei: Deus o sabe), que fui arrebatado ao paraíso, e ouvi palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir. Desse tal me gloriarei, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas. Pois, se quiser gloriar-me, não serei insensato, porque direi a verdade; E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exalte demais; acerca do qual três vezes roguei ao Senhor que o afastasse de mim; e ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte”.
Paulo orou para Deus tirar o espinho e Ele não tirou. Assegurou uma maneira de mantê-lo humilde. A fraqueza nos faz experimentar a graça de Deus de maneira pessoal. “Não tirarei o espinho, mas aumentarei a minha graça sobre tua vida e serás aperfeiçoado”.
Perante todo sofrimento que passamos podemos ter atitudes básicas:
Revolta. Ficar revoltado, reclamar, se queixar, murmurar. Implica revolta contra Deus, pois é Ele que tem todo o controle de suas mãos. Assim, o propósito da dor e do sofrimento é perdido.
Resignação. Não nos queixarmos, não reclamarmos. Mas também não louvamos ao Senhor pelo fato. Dizemos lá no fundo: “Deus eu não concordo com você, mas como você é Deus eu tenho que aceitar”. Por quanto tempo você pode sustentar a resignação? Veja o caso de Jó: Ele não pecou, suportou a perda dos bens, dos filhos, da saúde, não se contaminou com a “teologia sistemática” dos amigos, mas teve uma hora que ele amaldiçoou o dia em que nasceu. Mas quem foi que lhe deu a vida e determinou o dia do seu nascimento?
Na verdade Jó não havia compreendido que o seu sofrimento era para que ele pudesse conhecer verdadeiramente a Deus. Enquanto ele não se arrependeu e aceitou o sofrimento como parte do plano de Deus não pode ser aperfeiçoado. A resignação é uma atitude humana, carnal, e não agrada a Deus. Assim o sofrimento e a dor não atingem o seu objetivo.
Aceitação. Quando aceitamos o sofrimento como plano perfeito de Deus para nossas vidas, aí sim somos amadurecidos e o sofrimento cumpre o seu objetivo.
Ex.: José – Ele foi rejeitado, traído e vendido pelos próprios irmãos, acusado injustamente, preso. Tinha tudo para se revoltar. Mas não se revoltou. Ele sabia que “Deus habita com o quebrantado e humilde de espírito”. Ele disse aos irmãos: ”Vocês queriam me fazer mal, mas Deus tornou tudo para bem”. “Não me enviastes vós aqui, senão Deus”.
2Co 4:17 “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória;”. Sofrimento produz dor, e Jesus sofreu de muitas formas:
- Sofrimento pela obra;
- Jejuou por 40 dias;
- Passava noites orando;
- Percorria km a pé;
- Foi rejeitado, criticado.
3 anos com seus discípulos e o que conseguiu?
- Judas o traiu;
- Pedro o negou;
- João e Tiago queriam ser os maiores;
- Jesus foi abandonado por todos eles.
Sofrimento físico
- cobriram-Lhe o rosto e esbofetearam, e espancaram-No;
- Cuspiram na Sua face;
- Colocaram-lhe uma coroa de espinhos;
- Pregaram-lhe as mãos e os pés.
Sofrimento da alma
- No Getsemani estava angustiado até a morte;
- Os três mais íntimos dormiram.
Jesus quer companheiros hoje pessoas que estejam dispostas a prosseguir com Sua Obra:
- Orando como Ele;
- Sofrendo como Ele;
- Sendo como Ele;
- Caminhando lado a lado com Ele;
- Praticando Seus ensinos.
PROFECIA DE HABACUQUE: “A TERRA SE ENCHERÁ DO CONHECIMENTO DA GLÓRIA DO SENHOR, COMO AS ÁGUAS COBREM O MAR” (Hc 2.14).
RECOMENDAÇÃO DO APÓSTOLO PEDRO: “PORTANTO, AMADOS, VÓS, SABENDO ISTO DE ANTEMÃO, GUARDAI-VOS DO ENGANO DE HOMENS PERVERSOS PARA NÃO DECAIR DA VOSSA FIRMEZA; ANTES, CRESCEI NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO DE NOSSO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO” (2Pe 3.17-18).
Por Valdely Cardoso Brito