O dízimo será santo ao SENHOR (Lv 27:32)

Dízimo é a palavra que envolve dois elementos o de sua natureza matemática, que está em seu nome latino décima, e que significa “a décima parte”. Que tem objetivo de sustentar a Obra do SENHOR, e Deus ensina seus vários aspectos, a saber:

ANTES DE MOISÉS – O dízimo aparece na Bíblia, pela primeira vez em Gênesis 14:18-20. Abraão é o primeiro dizimista registrado na história. O seu dízimo tem um caráter religioso, embora fosse tirado de despojos de guerra, e foi entregue ao Sacerdote Melquisedeque para o sustento do culto ao Senhor. Jacó fez uma promessa a Deus que, se fosse bem-sucedido em sua viagem, ele seria dizimista (Gn 28:18-22).

Antes de Moisés, o dízimo era um percentual de 10%, que os hebreus davam para o sustento do culto. O texto bíblico sugere que, no tempo de Abraão e de Jacó, o dízimo era dado voluntariamente e com amor.

DEPOIS DE MOISÉS – Moisés incorporou o dízimo à lei e o tornou um ato legal e obrigatório, (Lv 27:30-32, Nm 18:20-28; Dt 14:22-29), e quem não o pagava, tornava-se sonegador, ladrão (Ml 3:8-10). Assim, antes de Moisés, o dízimo era um ato voluntário e dado como prova de amor, de gratidão e de fidelidade. Depois de Moisés, o dízimo passou a ser um ato obrigatório, tornando seus devedores sonegadores e ladrões.

NO TEMPO DE CRISTO

Quem diz que o dízimo não é uma doutrina cristã, mas uma prática exclusivamente judaica, não sabe o que está falando. Jesus reconheceu a necessidade do dízimo para o sustento do culto e recomendou a sua prática (Mt 23:23).

A questão para o cristão, não é saber se o dízimo é ou não uma doutrina cristã, mas como ele deve ser praticado: deve ser dado como um ato voluntário, e de amor, como fez Abraão, e Jacó, ou pago como um ato legal e obrigatório como instituiu Moisés? A resposta está em Hb 7 e 2 Co 9:7.

Com efeito, o dízimo cristão é um ato voluntário e dado como uma prova de amor, de gratidão, de fé, de fidelidade e de interesse pela causa de Cristo. Isso porque o Cristianismo se fundamenta na ordem sacerdotal de Melquisedeque, a quem Abraão deu o dízimo, e não na ordem sacerdotal de Levi, a quem Moisés pagou o dízimo (Hb 7, 2 Co 9:7).

Ninguém é obrigado a dar o dízimo, mas se alguém assumir o compromisso (fizer um voto), moralmente está obrigado a cumpri-lo para com Deus. No livro de Eclesiastes (5:1-6), está dito que: “Quando a Deus fizeres algum voto, não tarde em cumpri-lo, porque ele não se agrada de tolos. O que votares, paga-o. Melhor é que não votes, do que votes e não pagues”.

Não negligencie o teu dever. “O dízimo será santo ao Senhor” (Lv 27:32). Faça da entrega de seu dízimo, um ato de culto aceitável e agradável ao Senhor (Fp 4:16-17).

Por Valdely Cardoso Brito


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